sábado, 5 de julho de 2008

Cólera
























Era feito sangue aquela dor
Como se
Um filho da puta roubasse um
Coração doente...

Era feita de carniça minha vida
Inteiramente
Perdido entre poços libidinosos
Enfeitando
Doenças
Descrenças...

Preciso
Vomitar minha cólera maldita
Transgredir
Minha inescrupulosa alma...

Alcançar
Meu estômago com garras de morte
Travar luta com demônios adoecidos

Dançar insanamente
Pisar em vermes abertos
Encobrindo a falta de vergonha...

È feito mestruaçao corrente
Aquele momento amargo
Como se o sorriso
Dançasse na podridão...

Assim
Na escuridão de mentes apodrecidas
Cabeças decepadas
E miolos gritantes...
Faço este maldito viado provar
Versos embebidos num pano
Cheirando a estrume quente...

Renata Dos Anjos

Um comentário:

Cria(do) Mu(n)do disse...

Muito bom,tipo de poema agressivo,que expressa,muito do que todos nós temos e sentimos,que apesar de acharmos que somos obrigados a conviver com tal mal,podemos nos livrar dele,e o poema mostra isso,muito bom...um dos melhores que ja fez

PARADA CARDÍACA


Essa minha secura
essa falta de sentimento
não tem ninguém que segure,
vem de dentro.

Vem da zona escura
donde vem o que sinto.
Sinto muito,
sentir é muito lento.

Paulo Leminski


Quem sou eu

RAZÃO DE SER Escrevo. E pronto. Escrevo porque preciso, preciso porque estou tonto. Ninguém tem nada com isso. Escrevo porque amanhece, E as estrelas lá no céu Lembram letras no papel, Quando o poema me anoitece. A aranha tece teias. O peixe beija e morde o que vê. Eu escrevo apenas. Tem que ter por quê? Paulo Leminski
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