sábado, 1 de março de 2008

Traiçao





























Ela sentou no sofá como se
quisesse dormir...
esquecer dos problemas rotineiros
mas tudo que teve
foi uma visao do que era
inevitavelmente real...
Ela fechou os olhos...
pra apagar aquela visao
tapou os ouvidos
mas nao pôde disfarçar a verdade...
nem mascarar o que estava ali
bem na sua frente.
Ela presenciava uma cena
assustadora, triste, ela se via
numa arredoma de sofrimentos...
uma morte inesperada
de seus sonhos.
do outro lado, um homem abraçado com uma mulher
linda e interessante, recitavam frases sem sentido, gemidos
estranhos de prazer...
nao era possível tanta
ardência, tanto
desejo assim naquele homem...!?
por aquela mulher..
ele costumava virar o rosto
ao tentar ser beijado...
porque tal mudança?
ela via a cena como quem
descobria que anjos nao existem...
ela mordia nos lábios
desejando ser irreal..
tudo, todos aqueles sinais..
toda aquela certeza...bem na frente dela!
ela saiu devagar, como um gato
olhos assustados...
e despediu-se pra sempre daquele amor...
daquele sonho...
daquele momento!
ela foi embora, arrumou tudo que sobrou...
e em apenas uma sacola pequena
levou uma vida inteira...
nem carta, nem explicação..
nada, nada deixou....
Na manha seguinte...
ele sentou no sofa, e percebeu que
estava sozinho ...
mesmo sem uma palvra ele sentiu
o perfume de uma despedida...
e desejou voltar no tempo.
mas tudo que teve, doeu
diretamente no coraçao, como se
a vida lhe dissesse:
tarde demais...
ela nao voltará...
e foi voce o culpado!
toda noite ela chorava...
e ele chorava muito,
muito mais que ela.

Alma Bela

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PARADA CARDÍACA


Essa minha secura
essa falta de sentimento
não tem ninguém que segure,
vem de dentro.

Vem da zona escura
donde vem o que sinto.
Sinto muito,
sentir é muito lento.

Paulo Leminski


Quem sou eu

RAZÃO DE SER Escrevo. E pronto. Escrevo porque preciso, preciso porque estou tonto. Ninguém tem nada com isso. Escrevo porque amanhece, E as estrelas lá no céu Lembram letras no papel, Quando o poema me anoitece. A aranha tece teias. O peixe beija e morde o que vê. Eu escrevo apenas. Tem que ter por quê? Paulo Leminski
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